terça-feira, 30 de novembro de 2010

Venham mais cinco….









Duas e meia da tarde. Regresso do almoço. Chuva, friiiiiiio, devia haver uma sala para sestas, vale o café para espevitar. A Biblioteca está cheia, a contrariar os que acham que aos jovens de agora não lhes interessam estas coisas. Cheia é favor! Rebenta pelas costuras. Mesmo no “Aquário” o barulho parece-me um pouco excessivo para aquilo que é tolerável aos meus ouvidos. Porque é que nas bibliotecas dos filmes há sempre um silêncio reverencial e que dificilmente é perturbado? Vou “pôr ordem na casa”. As duas salas estão cheias a abarrotar. É normal! Está um dia de chuva, daqueles em que a Biblioteca se torna no refúgio preferido de muitos alunos. Começo a contá-los, registar até, que uma evidência pode sempre vir a jeito: um, dois, três… vinte e sete nos computadores, preparo-me para lembrar que jogos não, mas não, não são jogos Senhor! Também não são rosas, talvez espinhos dos trabalhos; mais, nas mesas de grupos, vinte e oito, vinte e nove… sessenta e dois, espreito os portáteis, que não stôr, não estava a jogar!, estava mesmo a olhar para o ambiente de trabalho; acima do ruído sobrepõe-se um posso imprimir?, mais seis meninas nos televisores, vêem favores em cadeia, faço o favor de as deixar ficar, sessenta e oito; abro as janelas e peço para falarem mais baixo, como se possível fosse, sessenta e oito adolescentes, mesmo que só respirassem, quanto mais assim que mal ouço quando grita ó “Máriza” chega cá!; respiro eu e tomo fôlego para o outro lado, nos sofás mais nove, entre jornais e revistas, que se lêem enquanto se mandam mensagens e a música que, aqui, à vontade se pode ouvir (ai pode?), setenta e cinco, lugares são só sete, mais dezassete na zona de estudos, noventa e dois, entre livros e cadernos, nas mesas uma de joelhos, promessa ou obrigação não deve ser, mais três no balcão faz noventa e cinco! Número quase redondo. Por pouco. Venham mais cinco….

sábado, 27 de novembro de 2010

Os Lusíadas - LivroClip

O Livro vai ganhando novos contornos, novos desafios mas também novos aliados. As Tecnologias de informação e de comunicação criam novas possibilidades de motivar para a leitura e de estimular o gosto dos leitores.
O exemplo de Os Lusíadas:

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Justificação de Falta de Comparência

Eu sei. Não justifica mas explica. Estas têm sido semanas de verdadeira loucura
A extração da pedra da loucura, de Hieronymus Bosch
 (Museu do Prado, em Madrid)



Contabilidade:

1.     Tarefa 1 da Formação MABE
2.     Uma comunicação de um Congresso (entregue fora de prazo!!)
3.     Reuniões (2, 3 vezes por semana) da CCAD para fazer GRELHAS de avaliação!!!
4.     Tarefa 2 da Formação MABE
5.     Projecto “Construir a Biblioteca do Futuro” – Ideias com mérito:
a.      Sessões/aulas em 3 turmas
b.     Aquisições
c.      Reunião com todos os professores envolvidos
6.     Projecto “Todos a Ler” – Gulbenkian:
a.      Aquisições
b.     Acompanhamento em 21 turmas – secundário/EFAs/CNO
7.     Tarefa 3 da Formação MABE
8.     Projecto PNL
a.      Aquisições
b.     Acompanhamento em 17 turmas – 3º Ciclo
9.    Preparação com as turmas do Secundário do Dia 
da Filosofia
10.  Preparação e Sessão com valter hugo mãe
11.  Preparação e Maratona de Leitura de homenagem a Saramago
12.  Conferência “Comunicação eficaz” – Prof. Cândido Martins
13.  Tarefa 4 da Formação MABE
14.  Chega o Kindle e eu nem tenho tempo para experimentar ..........




……..
E o resto…
E há família!!!

EU JÁ ENFARTEI UMA VEZ!!!!!!!!!!!!!!!!!

P.S. Eu prometo actualizar isto como deve ser



sábado, 30 de outubro de 2010

As ruas molhadas estão cheias de caracóis!

                                          http://www.imagensdeposito.com/animal/2109/baba+de+caracol.html


Sexta-feira, 29 de Outubro, quase sábado e vi agora que o prazo acaba no dia 1,segunda-feira, (mas então não era à terça!?!?!?! Estou cada vez mais senil!!!)
Na verdade não tenho tido tempo para a formação, tampouco para nela pensar. Esta foi uma semana de doidos, a começar com uma segunda-feira, 25, Dia das Bibliotecas, com várias actividades e a continuar com reuniões, sessões e outras ocupações. Ontem, finalmente, consegui tempo para descarregar e imprimir (velhos hábitos de nativo no papel!) os documentos. Ao fim da tarde comecei a atacar relendo os artigos de Ross Todd e o da Ana Amélia ... Cardoso (!?!?!?! Carvalho!! Ela não ia gostar da troca, mas tem mais com que se preocupar!) e comecei a ver luz no fundo do túnel.
Sexta-feira, 10 h. Entro na Escola. Achava que ia ter um dia mais ou menos calmo com abertas para o trabalho. Recebe-me a sempre simpática (sem ironia!) “Fraulein” Paula com uma qualquer tarefa burocrática. No fim acrescenta “Então professor Jorge, parece que vai voltar a dar aulas!” no que eu subentendi “Então professor Jorge, parece que vai voltar a trabalhar!”. Sigo caminho para a Biblioteca onde me esperam 3 caixotes de livros acabadinhos de chegar, para verificação. Claro que esta tarefa podia esperar mais uns dias, mas confesso que não resisti e toca a conferir facturas, preencher papéis…. Interrompo a tarefa 3 ou 4 vezes, para ir aos computadores acompanhar os alunos, para combinar com um colega a próxima sessão de uma turma de 12º ano e para responder ao pedido, quase a medo, daquela miúda:
- Professor, podia-me ajudar?
- Claro. De que turma és?
- Do 7º ….. É que não estou a perceber muito bem este livro e tenho que fazer um resumo até terça-feira.
Tem nas mãos Olhos verdes, de Luísa Costa Gomes e meia dúzia de linhas escritas com uma letra certinha como só se tem aos doze anos. Abre-mo na quarta ou quinta página e diz:
- É que aqui fala de uma menina e a seguir já fala de uma mulher e depois fala dos albaneses que são atirados borda fora e ……….
- E por que estás a ler este livro?
- Porque foi o que o professor de Português me deu.
Vou-lhe sugerindo sucessivas alternativas até que chegamos a um entendimento. Ufa!
Ai tanta articulação partida! Tanta pomba assassinada!
13.30 – Saio da Biblioteca para ir almoçar na cantina. Deparo com o sempre solícito (sem ironia) Sr. Alberto: “Então professor Jorge, parece que vai voltar a dar aulas!” no que eu claramente subentendi “Então professor Jorge, parece que vai voltar a trabalhar!”. “Pois é, Sr Alberto, parece que sim, finalmente! E eu que nem sou professor!?!?!?!”
Chego à cantina, tabuleiro, talheres, sopa e D. Glória, com o seu estilo pregoeiro grita (sem ironia): “Então professor Jorge, parece que vai voltar a dar aulas!”  e eu, estúpido, nem entendi “Então professor Jorge, parece que vai voltar a trabalhar!”. Como com mais sete colegas e o assunto é o costumeiro da época. Juro, que se alguém me dissesse “Então Jorge, parece que vais voltar a trabalhar!”, tinha havido chapada. Mas não! Nem se atrevem!
14.10 – Volto ao bloco e quando passo pelo sr. Alberto registo-lhe a evidência de que já vou voltar para a Biblioteca. Tomo um café – Biblioteca com Nespresso é chic a valer! – e começo, no gabinete, com dois colegas, a reunião da CCAD, para prepararmos os instrumentos de avaliação. Não raras vezes pegamos no MABE para tentarmos construir algo com lógica e coerência. Meia volta interrompo: para apoiar uma colega que vem com uma turma fazer uma pesquisa nos computadores do CR; para seleccionar com outra, 26 livros de BD para uma turma; para entregar um conjunto do PNL a outros.
18h – Saio da Biblioteca. “ Bom fim de semana, D Conceição!”. “Então professor Jorge, parece que …. parou de chover! Bom fim de semana!” Depois de apanhar os filhos chego a casa, como qualquer coisa e aproveito a paragem da chuva para fazer a minha caminhada e ouvir música. Logo à noite, depois do Benfica, começo sem falta!
Reparo. As ruas molhadas estão cheias de caracóis!
E já é sábado

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

por Amares a Biblioteca

A experiência de formação no âmbito da avaliação e do MABE em particular, constitui uma oportunidade de reflexão sobre o trabalho aqui realizado.
por Amares a Biblioteca.

3... 2... 1... Começou

Começou a formação. Uma longa e trabalhosa tarefa me (nos) espera.
Valha-me a Santinha de Valadares!!!!!!!!!